sexta-feira, 19 de março de 2010

O marxismo no mundo do mercado



“O MARXISMO NO MUNDO DO MERCADO”

Se o marxismo tivera sido o conjunto de ideias sobre economia política que deixarom Karl Marx e os seus sequazes plasmadas nuns inmensos livros sobre Superávits, Propriedades, História vista desde o ponto de vista económico, adivinhanças do futuro baseadas nas relaçons de classe, teorias sobre igualdades absolutas, etc… hoje en dia nom haveria já ninguém que se tivera declarado marxista. Todos os partidos que faze uns decénios tinham ainda aos autores marxistas nos seus dogmas fundacionais, botarom pola borda as referências marxistas sobre economia, convencidos da sua absoluta incompetência, falsedade e inutilidade. A aceitaçom do Mercado, das leis do benefício e a usura bancária fixo tam completa que incluso os partidos comunistas apoiavam a Maastrich em média Europa (só o Anguita opuxo-se em parte, e o PC do estado português que seguia com Stalin). Já nenhum comunista fala de igualdade económica, nem o PC Chino, ja ninguém fala da ditadura proletária e dumha História predeterminada pola luita de classes (e menos que ninguém os sindicatos ‘de classe’ marxistas como CCOO e UGT, que aceitarom faze tempo as delícias do mercado e as subvençons do Estado capitalista, para cubrir os deficits provocados polas suas cooperativas e estafas várias). Lenin fica só para pequenos grupos guerrilheiros marginais em Sudamérica, e as malheiras económicas de Marx usam-se nas universidades para mostrar os erros que tinha mais que para fundamentar as classes da flamante economia mundialista que está de moda.

O capitalismo venceu absolutamente às teorias económicas do marxismo, afundidas no xabre dos seus desastres reais na URSS e em todos os países onde se aplicou. O Mercado é agora um deus aceitado polos próprios ‘marxistas’.

Sem embargo estariamos muito errados se com isso quiséramos certificar a defunçom do marxismo. Morreu o marxismo económico mas nom o ‘progressismo’, umha derivaçom corrupta das ideias marxistas, gerada em Ocidente, nunca aceitada nos países comunistas, e que ,em contra-posiçom com o marxismo clássico, tiverom um éxito espectacular.

O marxismo sufriu em Ocidente umha tensom crescente entre a ortodóoxia stalinista, o socialismo real incluso depois de Stalin, e as expectativas liberais da mentalidade ocidental democrática, próprias da Revoluçom Francesa, e baseadas num individualismo semi-ácrata e liberal, nom num socialismo comunitário duro e hierárquico (proprio do stalinismo ou Maoismo).

Em Maio do 68 produze-se a grande crise do marxismo que provocará o triunfo do ‘progressismo’ fronte às atitudes proletárias em Ocidente. Umha mocidade no pleno auge económico capitalista, baixo um capitalismo que favorece a perda de todos os valores morais e espirituais, enfronta-se a umha decisom fundamental: Ponherse ao serviço dum marxismo-comunismo de partido, hierárquico, disciplinado, cumha ideologia fechada e escrita em congressos a olho, ou um marxismo heterodoxo liberal, que lhes deixe opçom a participar do maná capitalista mas que enche as suas ansias dos ideais.

Já desde os inícios dos 60 o marxismo ocidental foi-se derivando das fábricas e os obreiros aos estudantes rebeldes, skinheads, aos hippies, e aos ‘progressistas’.

Nos 90 saiu um livro do liberal Vargas Llosa, ex marxista, ex castrista, ex socialista e agora liberal mundialista, chamado “Manual del perfecto idiota” onde mostra que a maioria dos actuais líderes económicos, banqueiros, industriais, economistas, políticos do FMI e GATT, todos, declaram que na sua juventude os livros que lhes emocionarom forom umha listagem de ‘progressistas’ como Marcuse, Regis Debray, Che Guevara, etc…

O marxismo derivou pois no ocidente cara o ‘progressismo’, abandonando absolutamente as ideias económicas de Marx, incorporando o Mercado e o Capitalismo aos seus planejamentos ‘realistas’, da mesma maneira que a China actual é comunista de palavra mas na prática é umha economia completamente capitalista.

O progressismo cámbia o eixo central do marxismo, que passa da economia política ao idealismo liberal. E é este cámbio o que triunfa radicalmente. O Sistema de Mercado actual sabe que as religions e os ideais tradicionais das naçons europeias som inimigas potenciais claras da mentalidade do futuro que necessita o Mercado. Um mundo economicista e materialista nom pode manter como ‘ideal’ umha mentalidade tradicional europeia, que é anti-materialista, incluso ainda que se poida ‘disfarçar’ e dominar a través do controlo das Igrejas. As religions cristiãs ou pagãs difícilmente vam ser dóceis perante o marasmo do materialismo que vai acarrejar o Mercado levado ao seu extremo domínio.


Por isso a simbiose entre o Sistema de Mercado e um ‘idealismo’ progressista foi permanente. Desde os 60’s os ‘progressistas’ apoiarom as medidas do Mercado e luitado contra os que se oponhiam ao mundialismo económico. O progressismo abandona o economicismo em mãos do Mercado e o capital, e centra-se em difundires um ‘idealismo’ baseado nos princípios da revoluçom burguesa: Igualdade (agás no económico), individualismo, Liberdade sem límites (especialmente sem límites éticos e muito mais especialmente no sexual), fraternidade mundialista, desprezo ante os valores tradicionais (especialmente a família e vida marinheira e labrega), condescendência com a delinquência e as drogas, educaçom relaxada e liberal, anti-racismo (baseado em destruir as mentalidades tradicionais das naçons para converte-los todos em progressistas sem raça), um sexismo feminino, a adoraçom do arte-lixo mais absurdo, etc… e todo isto adorna-no de citas e palavras tiradas dos manuais do marxismo.

Dessa maneira as pessoas que ocupam os cargos dirigentes no Sistema estám perfeitamente acostumados aos novos conceitos ‘marxistas’, mas todos estes anti-valores nom se aplicam ao económico, se nom só num ‘idealismo do Sistema’. Assim no Mercado impera a dureza, a tirania com o parado, o despido fulminante, a hierarquia e desigualdade dos usureiros fronte aos demais, a ruina do débil e o desperdício do opulento. A in-moralidade do progressismo aplica-se no pessoal, destruindo a pessoa, mas nunca o Mercado.

Assim vemos ao marxismo convertido na prostituta ideológica do Mercado, a cobertura intelectual e cosmológica dos mesmos executivos e gestores do capitalismo mais absoluto. O progressismo apoia aos imigrantes, precisamente a umha imigraçom fomentada e promocionada polo Mercado, polos empresários e o capitalismo para aportar mão de obra barata e dócil ao Mercado europeu. O progressismo apoia o libertinagem sexista, precisamente convertido num potente negócio polas multinacionais do sexo e o ‘ócio’ do Sistema. O progressismo aporta as ideias coerentes com o Mercado para umha mocidade sem ideias, materialista e lançada à competência cruel dumha economia sem ideal nem outra finalidade que o benefício em dinheiro.

Estamos governados polo Poder do Dinheiro, e ademais nos querem lavar o cerebro em base dum marxismo reciclado em porros e orgias.


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