terça-feira, 6 de abril de 2010

Fascismo, Falangismo e o Nacional-Socialismo

Quando vam ver-se as diferenças entre estes conceitos e movimentos, o primeiro é entender que todos eles, pese às grandes diferenças ideológicas que tenhem, partem de bases similares e podem assimilar-se dentro dum grande movimento global anti-materialista, romântico e comunitário que se enfrentou desde 1880 até 1945 ao materialismo racionalista do capitalismo e o marxismo. Primeiro com as ideias e filosofias românticas e logo com os movimentos políticos correspondentes.

“O fascismo, o nacional-socialismo e o nacional-sindicalismo som filhos dumha mesma nai: o espiritualismo” (José Luis de Arrese, 1940).

Mas umha vez aclarado esta uniom nos pontos em comum, que deve ser sempre tido em conta, podemos entrar a plantejar com mais concreçom o tema a nível ideológico.

Se analisamos os principios ideológicos destes movimentos, veremos como elementos comuns os seguintes:

- UMHA POSIÇOM COMUNITÁRIA FRONTE AO INDIVIDUALISMO E A IDEIA DE LUITA DE CLASSES.

- UMHA VISOM TRÁGICA DA VIDA. UMHA ÉTICA HERÓICA.


- UMHA VISOM ANTI-CONFORMISTA E ANTI-BURGUESA DA ACÇOM.


- UMHA VISOM ESPIRITUAL ANTI-MATERIALISTA DA EXISTÊNCIA.

- UM DESPREZO POLA VISOM MERCANTIL DA VIDA. SUPEDITAÇOM DA ECONOMIA À VONTADE POPULAR E COLECTIVA.


- UMHA VISOM NOM MESSIÂNICA DA HISTÓRIA. A LUITA NA REALIDADE É A GESTORA DA HISTÓRIA.

As diferenças começar a surgir a partires desta base comum. O primeiro é indicar que entre Falange e Fascismo houvo umha grande similitude em todas as questons, e é dificil planejar-se diferenças, que poderiam reduzir-se a:

- Umha visom cristiã básica na Falange, fronte a umha posiçom mais Nietszchesiana no fascismo.
- A visom sindicalista de Falange fronte à corporativista do fascismo, ainda que ambas tenhem base comum e por outro lado o ‘Nacional-Sindicalismo’ falangista nom puido desenrolar-se em absoluto. Fronte a isso o Fascismo nasce em 1921 e governa muitos anos, incluso tem tempo de expressar-se ao final na República Social Italiana de maneira mais radical.
- A impossibilidade da Falange de mostrar mais claramente a sua linha, ao nom ter nunca governado nem um pequeno concelho, e perder aos seus dirigentes mais vitais em 1936. E a sua mistificaçom total desde 1939, o que complica mais ainda a sua realidade.

Pouco mais podemos indicar posto que nos pontos de diferença importantes com o N-S, a Falange alinea-se claramente com o Fascismo.


AS DIFERENÇAS ENTRE FASCISMO E NACIONAL-SOCIALISMO

O CONCEITO DE ESTADO-NAÇOM

É quizais o problema maior. Para o Fascismo o Estado é todo, é o que da justificaçom à Naçom, é o que marca esse Destino Histórico, Imperial, que justifica a existência de todo.

Para o N-S o Estado é só a organizaçom da Naçom ou Naçons. É a Naçom a única base de todo.
Esta diferença é fundamental e trae muitas consequências. Umha das consequências mais dadas nos estados europeus actuais, é o insulto dos Nacional-Estatalistas aos Nacional-Socialistas de "separatistas", pois o N-S entende por Naçom o mesmo que Etnia.

UMHA VISOM IMPERIAL DO ESTADO-NAÇOM

Dizia um fascista:

“O fascismo nom é, como pensam alguns, um simples forma de nacionalismo. O nacionalismo fascista é um nacionalismo “aberto”, é umha etapa cara umha comunidade política mais importante, mais “imperial”.

O império é umha globalizaçom étnica justificada por um Destino de Poder. Em realidade um fascista apoiaria a imigraçom massiva, isso da mais Naçom, mais Quantidade, e Poder, a esse Estado.

O Fascismo nunca puido assimilar a raça pois nom se centra na Naçom senom no Poder Estatal.
O estado fascista Italiano estava orgulhoso do Império africano, o colonialismo.

É o mesmo problema de falange ao pretender unir-se aa indígenas quechuas de Hispanoamérica.

Umha frase típica do falangismo:

“Defesa da hispanidade, procura da unidade económica e política de todos os povos da hispanidade. Neste sentido já a modo particular som defensor dum pan-iberismo.”

A medida que podemos traer uns 20 milhons mais de quechuas ao estado espanhol nessa grande unidade hispânica… vaia.

Defende-mos a Hispanidade e as naçons Hispânicas/Ibéricas, nom a unidade com povoaçons tam diversas como as de alguns países iberoamericanos. A Hispanidade é umha unidade geográfica histórica, nom una Comunidade Popular, Étnica ou Nacional.

O N-S comprende o Império como acçom dumha Naçom ou Naçons, nom como assimilaçom doutras naçons. Hitler jamais quiso incluir como ‘germanos’ a Gregos ou Checos de raça. Mussolini empenhou-se em italianizar aos germanos do sud Tirol, incluso pola força.

A RELIGIOM

“Alemanha chegará a ser um sistema fundo e estável se alcança as suas derradeiras consequências: a volta à unidade religiosa de Europa” (José Antonio, Septiembre 1936).

A teima dumha unidade religiosa católica como base do ‘político’ é umha constante da Falange. A ideia é “O homem como portador de valores eternos, assumindo neste sentido e noutros muitos aspeitos do humanismo cristião.”

Se o Nacional-Sindicalismo é confessional comete um erro grave. Os movimentos revolucionários nom som religiosos. Mesturar religions e actuaçom social política é um grave erro. O homem é portador de Valores, Valores que políticamente aplicam-se numha Comunidade segundo o possível e o correcto. Que as igrejas ou os Evangelios, Bíblias, etc. o apoiem ou nom, é outra cousa.

O CORPORATIVISMO

E Mussolini dixo: “Corporativismo e fascismo som dous termos indissociáveis”.
Na Falange é o Nacional-Sindicalismo.

“Sindicalizaçom da indústria dos bens de producçom (os trabalhadores como produtores da empresa que som, devem participar direitamente dos benefícios da empresa).”

A propriedade sindical ou privada ou pública nom pode garantir nada. O vital é que a comunidade disponha dumha vontade e meios de controlar a Propiedade e intervir se é perigosa ou excessiva. Seja essa propriedade dum Sindicato ou dum senhor.

Sobre sindicalizar as indústrias de producçom… umha cousa é que os trabalhadores participem nos benefícios (E nas perdas?) das empresas onde trabalham, e outra é que as empresas sejam sindicalizadas… temo-me que se colectivizamos (no canto de controlar e regular claramente e direitamente) lograremos a burocratizaçom, a perda de iniciativa, a perda de inventiva e risco, seremos umha fábrica de funcionários sindicais….

Há que manter a iniciativa e inventiva pessoal, o risco e à vez o benefício, mas baixo o controlo político absoluto no caso de interesse ou desvio do bem público.

“Nacionalizaçom do crédito bancário. Criaçom dumha banca municipal, sindical…”

A Banca estatal hoje actua igual que a banca privada. Ou seja, a soluçom nom é nacionalizar senom cambiar a mentalidade e a forma de trabalho e de controlo da Banca. O crédito deve ser controlado estatalmente, claro, mas nom importa que as oficinas dmn banco sejam privadas ou de propriedade pública, senom qual é a sua funçom, o seu interesse, a sua actuaçom. Hoje Caja Madrid, que é pública, actua igual, ou pior, que o Banco de Santander que é privado.

Hoje um Banco sindical seria um nojo… a UGT só roubou e estafou nos seus negócios ‘sindicais’. Ser um Sindicato nom garantiza bondade algumha.

“Reforma agrária. A terra para quem a trabalhe. Fronte aos grandes latifúndios sem explotar e desenrolar.”

Hoje já nom há grandes latifúndios sem explotar… hoje os latifúndios som muitas vezes totalmente explotados e bem explotados… e pese a todo devemos eliminá-los, pois o motivo nom é que sejam mal explotados senom que a terra deve estar povoada por gente que viva nela e para ela.

A terra convertero-na numha mera fábrica, umha produtora, nom um lar de vida. Esse é o problema.

A frase está recolhida dos años 30 quando havia esses latifúndios castelans sem explotar. Hoje o problema é outro: é a mercantilizaçom da terra, a eliminaçom da terra como lar de vida comunitária e a sua conversom num mero ‘bem económico’ mais do Mercado.

“A organizaçom do estado deve-se constituir nos pilares da Família, concelho e sindicato.“

Isto está bem as duas primeiras… Mas , Por quê Sindicato?… SÓ se ‘Sindicato’ esta longe da ideia de Classe, ou seja se Sindicato é a COMUNIDADE de pessoas que vivem do seu trabalho, ou seja a Naçom, nom o vago.

Se Sindicato é umha classe ou um anaco, entom isto é umha falsedade.
Assim que melhor: Família, Concelho, Comunidade Popular.

O N-S superou totalmente a ideia do Sindicato, que é de origem classista, polo da Fronte do Trabalho. Os trabalhadores de todo tipo, empresários ou assalariados, intelectuais ou manuais, todos formam o Trabalho.

Algum dia diremos as cousas claras: O problema nom é ser sindicalistas, o problema é rematar com o poder da economia e do dinheiro sobre as decisons do destino das naçons.

O problema é dar um nível de vida correcto à gente, e evitar que poderes económicos dominem as suas decisons, os seus pensamentos, a informaçom, a propaganda, a educaçom, etc.

O problema é ter umha naçom culta, com amor ao arte e a Natureza, limpa e com honra… que seja sindical ou nom, importa bem pouco.

CENTRALISMO

Dizia um Nacional-Sindicalista:

“Frente al estado de las autonomías y al centralismo importado por los borbones, autonomía municipal.”

Genial! resulta que Galiza nom tem direito à autonomia, mas sim um povo do Baixo Minho…

“Defensa irrevocable de la unidad de España y entendiendo esa unidad como una unión rica en culturas, peculiaridades unidas en una empresa común y universal.”

Já sabemos o que logo se entende por respeitar às "línguas" e as culturas… depois quando se chega aos temas concretos essa ‘unidad’ soe ser ’centralismo’… o de sempre por estas terras. Com grande amor às culturas e a "España" proibiu-se o galego, euskera e catalam, e nas escolas ensinava-se-nos aos escritores ou artistas destas naçons que tinham escrito nos seus idiomas… isso sim, sempre cum grande amor à diversidade da "única España".

Isto é lógico nos fascismos: Nom há etnias, só um Estado, as identidades estám ao serviço do Destino Universal, nom tenhem valor em si mesmas.

Para um N-S todo isto é um puro despropósito anti-natural.

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