quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O Castelao que nom lembram



Alfonso Daniel Rodriguez Castelao
é hoje bandeira do nacionalismo, mal chamado, de "esquerdas", ao igual que do separatismo comunistoide. Mas também é reclamado pela direita espanholista do PPdeG, seguramente influenciados polo seu sector Galeguista, ao igual que a esquerda espanholista do PSdG ou EU.

Hoje em dia muitas das nossas grandes figuras som caracterizadas com traços tam elementares que a miúdo se omitem (a vezes adrede) rasgos importantes, que como sempre exponhemos nos casos de Pondal, Cabanillas, Murguía, Vicetto ou Risco. O caso de Castelao é um de extrema complexidade. Ainda que nom se poda negar a sua colaboraçom com a esquerda em certos momentos da sua vida, provaremos a existência dum lado oculto (e ocultado) que compre explorar com rigorosidade.

É Castelao o que se converte à esquerda junto com outros, dentro do histórico Partido Galeguista, pois o partido é genuinamente conservador, ultra-católico e em definitiva como o PNV basco é de LEIS VELHAS. Castelao é o que logo meiante as lógias começa a compartilhar ideias do marxismo, e com isso achega ao partido outros neo-marxistas como Bóveda, Vidal ou Picallo, entre outros.

Mas imos ao importante que como N-S, é de interesse deste homem.
Os quatro quadernos nos que o errante Castelao ia apontando ideias para o que seria o Sempre en Galiza som curiosos e contradictórios como qualquer panfleto "necionalista" do BNG ou FPG . Podem-se consultar no apéndice da ediçom crítica que fiço o Parlamento no 2000. Revelam um homem muito distante da imagem mesiânica que lhes outorgarom alguns sectores históricos do pensamento nacional-marxista. Revelam um homem mais complexo.
Em Alger percorre às clássicas diferenciaçons raciais, quando se refire a "negros" e "árabes" e "varias razas mediterráneas". As suas ideias tocantes aos judeus nom som nada excepcionais para com o resto de nacionalistas, nem distam das do grande Vicente Risco. Ademais, Castelao conta como no paquebote atlântico os judeus ganharon a antipatia de todos, opinando que os "demócratas" vam chegar a coincidir com Hitler na questiom judea (como se isso fosse mau), e que a culpa será dos próprios judeus. Referindo-se à República Dominicana, o rianxeiro compara os "negros insensatos" com os povos cultos e civilizados. Sente-se afastado da raça negroide por "reparos incoercibles da natureza", e quando em París ve umha ariana cum preto cre que se trata dum caso de perversom sexual. Considera a mestura de raças anormal e nom nega que a separaçom racial coincide com os seus instintos de pureza e perfeiçom, ainda que isso nom lhe impede considerar a sua humanidade, sempre capazes de merecer a sua amizade fraternal. Todo isso, claro, complica aquela referência ao "negro Panchito" que para ele era galego, e que sempre que pode a esquerda "necionalista" saca do trasteiro para amosar o seu Castelao. É mais, o facto de nom expressar essas ideias na versom final do Sempre en Galiza sugire que era consciente do problema da mestiçagem, ainda que os "necionalistas" nom o admitam.
Porém, quando percorre Virginia Ocidental en 1938, Castelao redime-se. Confessa sentir enorme compaixom polos pretos e um desejo de matar a sua repugnância por eles. Na porta dum bar de aldeia, "onde comían e bebían uns cantos bárbaros brancos", visualiza um letreiro que lhes proibe a entrada aos pretos. É aqui onde começa a sua etapa marxistoide, como se esses homens e esse letreiro tivera algo que ver com a cosmovisom Nacionalista Galega genuina e escreve que agora se sente irmam deles (dos pretos). Fala de "avanzar máis" e de ser capaz de trocar-se em líder das reivindicaçons pretas e defensor desta raça. Ninguém é perfeito, mas amossa, nesse apontamento pouco conhecido, a capacidade humana de auto-enganar-se e de traicionar aos valores herdados, por um facto pontual que nada tem a ver com o racismo, mais bem com a xenofobia.
A raça e etnia é um dos conceitos principais da teoria política de qualquer movimento genuinamente nacionalista, e disto Castelao foi consciente até que renegou e guiado pelas lógias converteu o seu ideário numha mestura entre nacionalismo e marxismo.
Castelao foi um homem de innegável carisma político e variadas capacidades artísticas –era um excelente debuxante, humorista gráfico e narrador de contos. Mas isso nom evitou que nos toparamos planejamentos etnicistas idénticos aos dos grandes do Rejurdimento. Os anos passarom e detecta-se em Castelao um grande reparo a exponhê-los cara o público, reparo que deriva no que é consciente da importância do etnicismo no movimento. Sem embargo, semelha nom poder evitar fazer afirmaçons sobre isto, de maneira que sempre procura excusâ-las, aliviâ-las com recursos, para nom ficar mal com os seus já seguidores nacional-marxistas.
No párrafo que aportamos seguidamente, Castelao considera umha “tentación antipática” própria dos galegos falar de arianos e semitas. Sem embargo aproveita um texto doutro autor, Portela Valladares, para afirmar o mesmo que censura. Emprega, isso si, eufemismos como “repetición de sangue” e “unidade etnográfica” no canto de falar claramente de Raça ou Etnia, mas a ideia é exactamente a mesma: todos os povos que habitarom na Galiza som da mesma raça, e todos os que habitarom no resto da Península som dumha raça diferente:

"Existe na Galiza umha homogeneidade de carácter, tam secularmente autóctono, tan contrario á alma castelá, que a miudo caemos en tentacións antipáticas, tales como a de proclamar que nós somos arios e os demáis semitas. Con todo, sexanos permitido dicir con Portela Valladares: “Os confusos lindeiros da raza destácanse na Galiza de maneira rara, porque celtas, suevos, normandos, peregrinos, cantos alá foron, veñen dun tronco común, repiten o mesma sangue, como a repiten os iberos, os fenicios, os árabes e bereberes, os almoades e os almorávides noutras zonas da Península. Na medida do posible, indudablemente poseemos unidade etnográfica”"
Obviamente rejeitamos o que opina Castelao ao igual que o faziam Murguia ou Pondal ao considerar ao resto de peninsulares como "povos semíticos", mas sim apreçamos esse importante rejeitamento ao mundo semítico e mestiço que hoje em dia nos querem imponher.
Este é o espírito que Castelao mostra ao longo de todo o Sempre en Galiza: dize sem dizer, bate cumha mam mentres distrai a nossa atençom com a outra. Noutra ocasiom afirma, por exemplo, que Galiza “ten, se quiséramos –que non queremos–, características diferenciais de raza, pois somos predominantemente celtas” . Em definitiva, quere-se ou nom se queira, para ele a pátria galega está povoada por umha raça céltiga.
Mas nom foi sempre Castelao tam comedido. Nestoutros textos nem sequer tenta ocultar a sua opiniom sobre as outras raças da Península Ibérica. Ainda assim, volta jogar ao mesmo: cita a Sarmiento, pom reparos à sua opiniom sobre os ciganos, mas termina por dar-lhe a razom. Vejamos que pensa Castelao sobre a “xitanización de Hespaña", umha parte do Sempre en Galiza, do Livro Terceiro, XXIV:
"O que nom se pode defender é o império moral de Castela, exercido desde umha metrópole embebida da golferáncia e senhoritismo. Em algures já nos mostramos doidos pola desfiguraçom do “espirito português”; e, quê diremos do “espirito hespanhol” que hoje corre como genuíno e representativo! O que o mundo distingue como “hespanhol” já nom é o “castelhano”; é o “andaluz”, que tampouco é andaluz senom gitano. A este respeito cumpre dizer que nom negamos a fundura cultural de Andaluzia, somente comparável à nossa; mais é que ali os fundos antigos e de maior civilizaçom estám afogados pola premência dumha raça nómada e mal avenida co trabalho. “Estos son unos hombres errantes y ladrones” –dizia o padre Sarmiento–; e se nós nom apoiamos tam duro juízo, amostramo-nos satisfeitos com esse grémio na nossa terra. O caso é que os gitanos monopolizam o sal e a graça de Hespanha e que os hespanholes toleam por parecerem gitanos como denantes toleavam por serem godos. A cousa está em consagrar como hespanhol todo quanto seja indigno de sê-lo. Já no tempo de Sarmiento Hespanha começava a agitanar-se: “Como están tolerados en España estos gitanos y ya se meten a aquella vida muchos castellanos foragidos, se comunicó insensiblemente al idioma castellano, mucha peste de sus voces bárbaras”. Mais... quê é a golferáncia e o senhoritismo senom um remedo da gitaneria? Quê é o flamenquismo senom a capa bárbara em que se assulagárom os fundos tradicionais de Hespanha, a tona imperial austríaca, os farrapos piolhosos da delinquência gitana? Hoje o irrintzi basco, o renchillido montanhês, o ijujú astur, o aturuxo galego e o apupo português estám vencidos polo afeminado olé... Pois bem; os galegos escorrentaremos do nosso país a “praga de Egipto” ainda que se apresentara com recomendaçons..., porque somos a antítese da golferáncia e do senhoritismo, da gitaneria e do toureirismo.
Que ressuscite a Castela assassinada em Villalar. Que Castela deixe de ser o que António Machado lhe botou em cara: “Castilla miserable, ayer dominadora, envuelta en sus andrajos, desprecia cuanto ignora”. Entom Castela seria quiçá umha Hespanha, e com ela nos endenderiamos. Com os golfos e os senhoritos, nom."
No seguinte texto o autor escuda-se outra vez na opiniom doutro escritor, desta vez no grande Vicetto. Chama-lhe exaltado, mas da-lhe a razom exactamente na mesma frase. É importante que prestemos atençom aos termos empregados para falar de conceitos raciais:

“Sendo Galiza o reino máis antigo de Hespaña foille negada a capacidade para asistir ás cortes, e ésta é unha ofensa imperdonable; pero peor ofensa foi a de someternos a Zamora –unha cidade fundada por galegos, pero separada xa do noso reino e diferenciada étnicamente de nós–. Con razón o exaltado Vicetto escribeu estas palabras: “E quen lle negaba (a Galiza) ese dereito de igualdade e solidaridade entre os demáis pobos peninsulares? Negáballo a canalla mestiza de galegos e mouros que constituia os modernos pobos de Castilla, Extremadura, etc.; Negáballo, en fin, esa raza de impura, adulterado sangue”"
Agora exponhemos um texto que forma parte da quarta parte do livro de Castelao, escrita desde 1947 em adiante, quando o complote Comunistoide-Liberaloide já se puxera em marcha com o seu holoconto e desprestígio ao etnicismo arianista do N-S germânico. Novamente colhe a estratégia com as que tenta fazer ver que nom mantem as opinions que, sem embargo defende:

"E se a raza fose, en efecto, a determinante do carácter homoxéneo dun pobo, sen que por asi cree-lo incurrísemos en pecado, ben podería Galiza enfrontar a sua pureza con a mestizaxe do resto de Hespaña, atribuindo-lle ó sangue árabe a indisciplina, a intolerancia e a intransixencia co que os Hespañoes se adornan”
A pureza do sangue, polo tanto, é considerada por Castelao umha virtude herdada que afecta no moral, ao igual que no moral afecta a mestiçagem com o sangue árabe que converteu aos "Hespañoes" em pessoas radicais e indisciplinadas.
Tal é já a propaganda anti-NS em Europa que chega a rejeitar o nosso trisquele como simbologia nacional por recordar-lhe a esvástica que empregou o Führer para o movimento N-S Germânico.
"Se os nacionalistas alemáns -co gallo de considerárense arios- non roubaran para si a «icurriña» vasca teríamos nós un emblema xenuinamente galego: a esvástica de tres brazos curvos encerrada no círculo, ou trisquele, que representaría o sol -pai de toda fecundidade- . A esvástica dos alemáns, cos brazos doblados en ángulo 'recto, xa non é aria senón adaptación dun vello emblema cruciforme ao cristianismo. Na Europa somentes os vascos tiñan direito a usar este símbolo -por ser tradicional en Euzkadi- e usárono moito antes que os alemáns como distintivo nacionalista. A esvástica galega, que tan arreo aparece na época castrexa e que pol-o tanto é celta, sería un xurdio emblema nacional para Galiza. Os alemáns roubaron a «icurriña» vasca e fixeron imposible o «trisquele» galaico."
O que Castelao nom sabia, é que o que supostamente roubarom os "alemans" nom era umha "ikurriña", se nom o Lauburu bascom ou a Ikurra Bascona, e que ao igual que a cruz céltiga e umha simbologia solar nossa, que pode ser empregada em qualquer naçom Europeia, de raça ariana indo-europeia; e que obviamente nom roubarom os germanos nem os N-S Germânicos, pois está presente em tuda Europa e em muitos outros lares do mundo onde estivo presente a nossa raça. O que está claro é que rejeita o nosso emblema nacional, o trisquele galaico, pola sua evidente influência marxista no seu ideário.
E para rematar, estoutra cita da qual também gostamos muito, e que nom tem nada que ver com o tema racial, na qual opina ao igual que nós, que som os "espanholistas" os verdadeiros e únicos separatistas:
“Os catalans, os galegos e os vascos serían anti-españois se quiseran impoñer o seu modo de falar á xente de Castela; pero son patriotas cando aman a sua lingua e non se aveñen a cambia-la por outra. Nós comprendemos que a un galego, a un vasco ou a un catalán que non queira ser español se lle chame separatista; pero eu pregunto cómo se lle debe chamar a un galego que non quere ser galego, a un vasco que non queira ser vasco, a un catalán que non queira ser catalán. Estou seguro de que en Castela, a estes compatriotas se lles chama "buenos españoles", "modelo de patriotas", cando en realidade son traidores a si mesmos e á terra que lles deu o ser. ¡Estes si que son separatistas!”

2 comentários:

  1. Texto preparado para ser estampado na faciana dun esquerdalho

    Sinxelamente perfeito


    -PRS AM

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  2. Magnífico artigo. Estaba bem fazer algúm pasquim e reparti-los.
    Fiquei moi ledo e interesado ao remate do texto, é estupendo. Noraboa!

    HMDPH.

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