terça-feira, 19 de outubro de 2010

Debate linguístico de interesse

Em Maio de 1987, a TVG emitiu um debate sobor da língua titulado "O porvir do galego", no programa "A dúas bandas". Nele intervenhem dous grandes mestres, por umha banda o catedrático de linguística e literatura galaica Dom Ricardo Carvalho Calero, e o catedrático de filologia românica Dom Constantino García.

Nós, como verdadeiros reintegracionistas, defendemos a Reintegraçom da ortografia e palavras perdidas tanto na nossa fala como na escrita, e é por isso que fazemos nossas as palavras e teses de ambolos dous mestres, com alguns matizes que explicaremos ao remate da visualizaçom dos vídeos:







Do mestre Calero, concordamos em que há que aproveitar a força da existência dumha forma do galego antigo como é o "Português", mas nom para empregá-la tomando como o exemplo o que fiço o Castelám, se nom para recuperar em parte a nossa própria ortografia à hora de escrever e falar cultamente o nosso idioma, e para fazer a nossa lavoura de conscienciaçom étnica e racial nos nossos artegos galaicos e europeus, cidadans dos estados galaicófonos actuais.

Realmente nom nos interessa que falem galego gentes doutras raças que nada tenhem que a ver com nós, tal e como acontece na actualidade com o nosso idioma, pois a mesturança do galego com outras "culturas" nom Europeias nom fixo mais que deturpar o nosso idioma. Esse é o exemplo mau do Castelám, pois foi introduzido tanto nas naçons hispânicas como nos países indigenas americanos e africanos.

Mas também concordamos com o mestre García, no que se refire a preservaçom da nossa língua falada polos próprios galegos, pois depende única e exclusivamente da vontade dos falantes de que a língua nom se perda. Mas contradize-se ao dizer que nom tem nada que ver a política com a sua preservaçom (polo menos genuina), pois pom como exemplo de imposibilidade no caminho do "Galego de Portucale" um exemplo claro de política do estado português, como ele mesmo indica a linguística portuguesa contemporânea existe a negaçom da teoria de que o português é o mesmo idioma galego.

Concordamos também com o mestre García, que a língua escrita do Estado Português tem muitos mais castelanismos que o Galego Isolacionista, no que se refire a palavras genuinas. Pois o galego de portucale tivo mesturança tanto com línguas moraçábigas como com o castelám, e estas influências forom impostas ao norte do Estado (Gallaecia Sul). É por isso que nós consideramo-nos os autênticos reintegracionistas, pois queremos depurar e limpar a nossa língua tanto das influências moçarábigas como castelans, tanto na Gallaecia como no resto de estados galaicófonos. "Rea, artelhar, argalhar, auga, castelám, fricoleiro" som palavras autenticamente galaicas e nom existem no galego do portucalense.


Antologia Histórica do autêntico Reintegracionismo

Manuel Fraga:
“Eu parto da base de que galego, português e brasileiro é todo a mesma cousa”
Conselho do Governo Galego, 21-05-2005

“Depois de todo, falamos a mesma língua“
(Na visita do Ministro de Agricultura e Pesca de Moçambique)

Álvaro Cunqueiro
O Galego será falado no ano 2000 por 200 milhons de seres, entre Galegos, Portugueses e Brasileiros. Quando se logre a unificaçom ortográfica, a que haverá de chegar-se, é indubitável que a língua galega nom será um cemitério lingüístico, como o Holandês, ponhamos por caso.
Citado em La Voz de Galicia, 28.11.1981

Frei Martiño Sarmento
Assi, a língua portuguesa pura nom é outra que a extensom da galega, e que depois se carregou de vozes forasteiras, mouriscas, africanas, orientais, brasileiras, etc.
Opúsculos Lingüísticos Galegos do século XVIII. Ed. Galaxia. 1974.

Vicente Risco
Poucos Galegos se tenhem decatado do que Portugal é para nós. Portugal é a Galiza ceive e criadora, que levou polo mundo adiante a nossa fala e o nosso espírito, e inzou de nomes galegos o mapa do Mundo.
(Nós, n.º 79, 1930)

Alfonso Daniel Rodríguez Castelao
“Tem Galiza um idioma próprio?
Estamos fartos de saber que o povo galego fala um idioma de seu, filho do latim, irmao do Castellano e pai do Português. Idioma apto e ajeitado para ser veículo dumha cultura moderna, e com que ainda podemos comunicar-nos com mais de sesenta milhóns de almas (...) O Galego é um idioma extenso e útil porque -com pequenas variantes- fala-se no Brasil, em Portugal e nas colónias portuguesas.”
Sempre en Galiza. Ed. As Burgas. Buenos Aires. 1942.

Eduardo Pondal
“Verbo do gram Camões Fala de Breogám”
Queixumes dos Pinos e Poesias Inéditas de Eduardo Pondal. Crunha. 1935, pp. 191-192

Manuel Murguía
"O primeiro, o nosso idioma (...); o fermoso, o nobre idioma que do outro lado desse rio é língua oficial que serve a mais de vinte milhons de homens e tem umha literatura representada pelo nome glorioso de Camões e Vieira, de Garrett e de Herculano; o galego, ao fim, que é o que nos dá direito à inteira posesom da terra em que todos fomos nados (...). Podemos dizer com verdade que nunca, nunca, nunca pagaremos aos nossos irmãos de Portugal todo que hajam feito do nosso galego um idioma oficial. Mais afortunado que o provençal --fechado na sua comarca própria-- nom morrerá."
Discurso nos jogos florais de Tui (1.881)


Já há tempo que os verdadeiros reintegracionistas vimos denunciando estas cousas, fartos das mentiras vertidas já nom só dos espanholistas, se nom também da politiqueria nojenta dos falsos reintegracionistas da A.G.A.L. (Associaçom Galega da Língua), estes falsos reintegracionistas querem fazer crer ao mundo que o nosso idioma é maioritário graças a que é um dialecto dum idioma chamado "Português" sendo pertencente a outra invençom chamada "Lusofonia", esta associaçom foi criada a calor da organizaçom N-S CEDADE GALIZA, mas errarom ao deixar entrar a tudo tipo de "pessoeiros esquerdalhos", quando se derom conta já estavam fora do projecto linguístico e os camaradas forom expulsos.

Sem comentários:

Enviar um comentário